quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Enfim chegou o "URNAS REALITY. Edition Brazil 2010"


È normal no fim de alguma disputa reconhecer aquele que perde e aquele que ganha, aliás, neste ano aquela que ganhou. Mas o interessante no discurso de ambos neste dia dominical é a percepção de algo interessante; será que faltou agradecer uma parte da nossa sociedade que esteve presente durante as chamadas televisivas para o ensejo da democracia? Humm, será que não prestei bem atenção em todas as palavras que foram pronunciadas nos discursos deste domingo de eleição? Acredito que fiquei atento as palavras, senão vou começar adotar o termo “ eu acho” em outros textos. Pois bem, não agradeceram aos grupos religiosos do nosso país tupiniquim. Tentarei ser enfático, não observei em nenhum dos discursos, o da derrota e o da vitória, agradecimentos aos cabos eleitorais evangélicos e católicos. Vou ser mais claro, será que Deus foi esquecido ou foram os religiosos? Nenhum dos candidatos agradeceram a Deus, visto que valores da cristandade tornaram se base de questionamentos acalorados durante este pleito (ainda com certeza voltará a tona novamente). Acredito que devido aos exorbitantes apelos de grupos religiosos ora apoiarem um seguimento da política nacional e em outro momento seguirem determinado interesses de outro, fica a dúvida. Em quem os fiéis, isto mesmo, os membros devem votar para não se sentirem culpados futuramente no momento da comunhão? Como de costume, para apaziguar a todos e servir à conveniência, o nome do Senhor é pronunciado, com os seguintes dizeres: Queridos Deus quis assim. È tão fácil não é? Bola pra frente se o escolhido perde ou ganha, e assim seja.
Parece até um hábito, pois quando disputamos um jogo com tanto obstinação, ficamos intrigados ao perder, vem a fúria para com tudo e com todos. Olha caro blogueiro, pode ser até aquela partida de futebol do fim de semana, você acaba ficando tão chateado que não vão faltar desculpas por não ser o campeão, como: uma chuteira apertada, o companheiro viciado, que joga muito pra ele mesmo, menos para o time e por aí vai, mas a raiva por não ter ganhado é evidente. Quem sabe ainda vão agradecer aos cabos eleitorais das igrejas pelo que fizeram pra conquistarem votos a seu favor. Paro pra ajeitar o colarinho neste momento, levantar os óculos e olhar pra esta tela e continuar esse ensaio. Em outro momento no auge da alegria e da emoção, alguns ficam atônitos diante de tanta efusão de contentamento e vão lembrar apenas do que é tangível, bem ali diante dos olhos. Não fizeram menção aos cristãos que compõem uma grande fatia desse mercado de votos, com certeza, esses cristãos exerceram sua cidadania ao votarem.
Tento ainda buscar algumas respostas para as perguntas do tipo: Será que as motivações que levaram tais líderes religiosos a se envolverem com a política têm a ver somente com a busca do êxito para os valores morais e espirituais da nação brasileira? Volto a lembrar do post abaixo: Será que a Igreja brasileira é tão forte quanto o estado laico, quando se mostra intensa ao ponto deste estado pedir aos grupos religiosos que ajudem a angariar votos daqui e acolá?
Porem acredito que os cristãos só serão lembrados nas próximas eleições ou quem sabe se fizer necessário, em algum apelo nacional em prol das temáticas abordadas durantes as proposições dos debates. Bem, há de se esquecer muita coisa de outrora.   Mas que venha a copa do mundo e lá teremos uma mulher junto ao capitão da seleção canarinho, quem sabe, levantando o caneco ou como queira a taça; taça da vitória que alguns brindaram neste domingo, dia 31 de outubro e continuam brindando pelo país que agora ficou mais vermelho, um tom de vermelho PT.
Obs.: É bom que os políticos fiquem atentos com os cristãos; sejam coerentes e saibam que eles são mencionados nas preces dos templos religiosos, melhor dizendo é bom fazer manutenção da marca, make your branding, ou melhor, cuidar do seu share of mind.

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